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Desabafando... e me defendendo ao mesmo tempo

Posted by Thais Roland on segunda-feira, agosto 29, 2016 in , , , ,
Fui acusada de traição pela segunda vez na minha vida. A primeira foi uma acusação vazia que terminou com o acusador se transformando em algum tipo de vidente (Não, não achei nada nas conversas, mas vi alguma coisa que ia acontecer!). É sempre engraçado lembrar disso... mas esse post é sobre a nova acusação. 

A primeira coisa interessante é que ela não veio de um namorado, mas sim de um empregador. Só isso eu acho que já valia algum tipo de prêmio pra mim! Duvido que tenha mais gente por aí cujo "patrão" tenha acusado de traição. Hahaha. Mas, pelo jeito, minha função nessa vida é inovar nos relacionamentos... todos eles. 

Só que dessa vez me peguei pensando a respeito... Será que foi isso mesmo? Será que fui injusta/infiel com a empresa? Devo ter gasto uns 10% da reserva da Cantareira analisando todo o relacionamento, desde o início até o término, durante um longo banho. 

Pensei no início, quando acreditei ter entrado num projeto bacana, com todo o potencial do mundo, mas com algumas rebarbas para aparar. Como todo início de relacionamento, estava empolgadíssima e determinada a fazer o mundo girar até pro outro lado se fosse preciso pra fazer aquilo tudo funcionar. 

Só pra explicar: eu tava dando aulas numa associação sem fins lucrativos. A ideia era preparar jovens carentes para o mercado de trabalho e como a associação não tinha incentivo nem do governo nem da iniciativa privada, o curso era pago por uma galera que tinha condições e o valor das mensalidades sustentava alguns alunos do projeto social em cada turma. (Coloco tudo isso no passado porque, no momento em que saí de lá, só via os cursos ficarem mais caros, mas não via a quantidade de alunos sociais aumentar… pelo contrário…)

Pois bem... quando entrei achei... peculiar... o fato de os alunos "carentes" chegarem na escola de carro e possuírem celulares melhores que os dos professores. Não percebia comprometimento deles com o curso ou com a associação e achei que podia ajudar a resolver aquilo. 

Trabalhei em um projeto parecido anos atrás que funcionava super bem. Ainda tenho contato com a pessoa responsável pela seleção dos alunos naquela época e então me ofereci para apresentá-lo à esta nova equipe para tentarmos melhorar a seleção da garotada. Recebi um sonoro "não se mete nisso" disfarçado de "ah, isso não adianta nada". Rãm... Achei estranho, mas fiquei quieta. Pensei: ah... tá certo, né? acabei de chegar e já to querendo meter o bedelho...

Deixei prá lá. 

Toquei o barco e comecei a fazer meu trabalho. Como tudo em que me envolvo, comecei a colocar tudo nos meus perfis das redes sociais. Montava minha aula e postava uma fotinha cheia de hashtags pra despertar o interesse da galera. Na minha cabeça, quanto mais alunos pagantes atraíssemos mais alunos sociais poderíamos ter em cada turma (ou meu valor de hora/aula poderia subir um tiquinho, né? Quem pode me condenar?) e funcionava. Sempre tinha bastante gente perguntando como fazia pra se inscrever no curso e talz. 

De repente: PAM! Levei uma bronca do dono da instituição por ter dito onde ela ficava. Ele não veio me falar. Mandou um recado dizendo que eu não podia divulgar onde a escola ficava. 

Rãm... Era pros alunos virem, mas eles não podiam saber para onde... Hummmmmm

Aqui sou obrigada a abrir um parênteses. É impressionante a quantidade de alunos que chegavam para o primeiro dia de aula e ficavam aliviados ao nos ver. Achavam que tinham sido vítimas de um golpe. Isso que ainda foram valentes e vieram! Hahaha. Fico imaginando quantos não acharam que era golpe e só deixaram prá lá. 

Prosseguindo... depois da patada do lance do endereço fiquei arisca, mas toquei o barco. 

Até que comecei a receber um monte de reclamações, tanto de alunos quanto de interessados no curso, dizendo que não conseguiam falar com a equipe da escola. Diziam que ninguém atendia o telefone e que os emails nunca eram respondidos. Respirei fundo e passei a reclamação para o dono da escola e ouvi: "isso é mentira"! Juro! Com essas exatas palavras. Ainda insisti que era estranho que tanta gente estivesse mentindo e que valia a pena dar uma monitorada na equipe de relacionamento pra ver se não tinha nada de errado. E então o dono me instruiu para que encaminhasse a próxima reclamação pra ele. Assim fiz. Quando outro aluno reclamou sobre a dificuldade em conversar com a escola encaminhei para o email do dono e.......... levei outro esporro! SIM! Mais uma vez, o dono me mandou um recado dizendo que eu o desrespeitei ao enviar um email diretamente para ele. 

Essa foi a conta. Aceitei que o dono da escola tinha um problema pessoal comigo e me limitei a continuar indo dar as minhas aulas da melhor forma possível e só! Nunca mais fiz nenhum tipo de divulgação e parei de tentar ajudar o pessoal a se comunicar com a escola (até porque quando eu ligava também não era atendida. Hahaha). 

Acho que esse foi o início do fim do relacionamento. Mas, ainda assim, não fui eu que terminei!

A associação começou a ter dificuldades em fechar turmas. No início eu dava aulas quase todas as noites da semana e aos sábados. De repente, dava umas 3 ou 4 aulas no mês, com sorte. 

Sempre fui de trabalhar muito e sempre tive mais de um emprego. Além disso, sempre que uma empresa deixava de usar meus serviços, eu partia pra outra... Principalmente quando trabalhava com consultoria. A vida era assim mesmo... Neste caso não era uma consultoria, mas eu também não era funcionária da empresa. Era apenas uma prestadora se serviços, então a lógica era a mesma: não tem serviço pra eu prestar aqui, vou prestar onde tem. 

E assim fiz. Os horários que me ficaram vagos pela falta de turmas na associação eu preenchi dando aulas em outro lugar. 

E foi aí que aconteceu!

Quando soube, estava sendo acusada de traição. "Ah! Ela traiu a gente e tá fazendo a mesma coisa que fazia aqui só que em outro lugar."

Rãm...

Eu sei lá... posso estar tentando só limpar minha própria barra ou posso ter uma ideia diferente de todo mundo de traição, mas juro que eu tava com a consciência extremamente tranquila até ouvir a acusação! Talvez principalmente porque não fui dar aula "em outro lugar", mas sim, dar aulas por conta própria! 

Como pode ser "traição" você ir buscar oportunidades que a empresa deixou de te dar?!?

Ou será que ele "previu" que eu iria para outro lugar, assim como o ex-namorado "previu" que eu ficaria com outro cara? Hahaha

Além de tudo, foi vacilo deles! Porque tudo o que eu to fazendo agora, inclusive as ações que partiram de ideias minhas, era pra estar acontecendo junto com eles, se eles não tivessem me tratado com tanta hostilidade! Então quem traiu quem? Eu traí eles ou eles se sabotaram sozinhos?

Muitos chamariam isso tudo de assédio moral, mas eu só deixei pra lá.

Sério! Tem que rir pra não chorar! Não bastasse os bailes do Amor, agora tenho que lidar com essas palhaçadas nos relacionamentos comerciais também? Hahaha

Por Freyia! Só acreditando em muitos deuses mesmo pra tolerar a vida. 

Se eu continuar o post vou ficar agressiva (ainda mais agora que to assistindo a série Vikings freneticamente) então é melhor encerrar e ir lá ler o post da CNV outra vez. 


Tudo o que eu queria era poder escrever um post bonitinho de novo por aqui, mas a vida não tá ajudando. Não tá!

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